Neste mês de outubro é celebrado o Outubro Rosa, uma das campanhas mais tradicionais do calendário da saúde no Brasil e no mundo. Com o objetivo de conscientizar sobre o câncer de mama, todo mês de outubro a comunidade da saúde faz um esforço para alertar sobre os perigos da doença e a importância dos exames regulares e preventivos.
Mas nem sempre esse esforço é positivo. Embora muitas informações valiosas sobre a doença sejam divulgadas ao longo do mês, infelizmente existem muitos mitos sobre o câncer de mama que são perpassados ao longo de outubro. Por isso, é fundamental saber quais fontes consultar, a fim de garantir a veracidade das informações recebidas.
A Estimativa 2020 do Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê mais de 66 mil casos de câncer de mama nas mulheres brasileiras este ano. Entre os tipos de câncer ele é o que mais atinge as mulheres, correspondendo a quase 30% dos casos da doença entre o sexo feminino. Por isso, lutar para a combater a desinformação é parte do Outubro Rosa.
É pensando nisso que o Cognys preparou uma lista com mitos e verdades sobre o câncer de mama. Confira as informações mais relevantes e as fake news mais perigosas que devem ser desmentidas sobre a doença.
A menstruação precoce aumenta os riscos de câncer de mama. (Fonte: iStock)
O câncer de mama começa quando surge uma célula cancerígena no tecido mamário. A produção das células da glândula mamária, por sua vez, são estimuladas pelo estrogênio. E a menstruação precoce indica uma produção alta de estrogênio e progesterona desde cedo.
Portanto, essas mulheres podem produzir um maior número de células. Dessa forma, também se tornam maiores as chances de existir uma célula cancerosa, que pode levar a produção de outras cópias defeituosas e assim por diante, causando o câncer de mama.
É falso que desodorantes podem aumentar os riscos do desenvolvimento da doença. (Fonte: iStock)
Esse é um dos mitos sobre o câncer de mama que é mais amplamente divulgado e causa preocupação em muitas mulheres. Mas é falsa a informação de que os sais de alumínio presentes nesses produtos aumentam o risco de desenvolvimento de câncer.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o INCA já declararam que “não existem dados significativos na literatura científica que relacionem os sais de alumínio presentes na fórmula dos antitranspirantes com a incidência de câncer de mama”.
O autoexame é importante na prevenção, mas a mamografia é insubstituível. (Fonte: iStock)
Mais uma informação falsa e muito perigosa divulgada sobre a doença é a de que o autoexame poderia substituir a mamografia. A mamografia é indispensável para um diagnóstico precoce da doença, o que aumenta as chances de cura significativamente.
Embora o autoexame seja muito importante para a prevenção, fazer a mamografia é fundamental. Inclusive, a partir dos 40 anos é amplamente recomendado pelos especialistas que a mamografia seja feita anualmente como forma de garantir uma detecção precoce da doença em possíveis casos.
O histórico familiar é um fator de risco, mas não é a única causa da doença. (Fonte: iStock)
Embora ao histórico familiar seja um fator de risco de câncer de mama, ele está longe de ser a única causa da doença. Na verdade, a hereditariedade sequer corresponde ao principal tipo de câncer.
A estimativa é que cerca de 90% de todos os tipos de câncer não são hereditários, número que também se aplica ao câncer de mama. Segundo o médico oncologista Ricardo Marques, da Rede D’Or São Luiz, a hereditariedade só precisa ser analisada quando há histórico da doença em mulheres jovens da família. Ele também garante que a ausência do histórico também não é nenhuma garantia: “Não ter ninguém na família com câncer de mama não confere proteção especial a ninguém”, alerta.
A mamografia é o exame mais comum para a detecção da doença, mas não é o único. (Fonte: iStock)
Embora a mamografia seja o exame mais conhecido para a detecção do câncer de mama, outros dois exames são igualmente capaz de detectar a doença: a ultrassonografia e a ressonância magnética.
Muitas vezes faltam informações sobre esses dois exames para que a população saiba disso. Mas a ressonância magnética das mamas é a técnica com maior sensibilidade para detectar a doença, embora seja custosa e com pouca disponibilidade. Já a ultrassonografia ajuda em casos difíceis de detectar nódulos. Geralmente os exames são indicados a mulheres jovens, na casa dos 30 anos ou menos.
O Cognys é uma solução digital completa, que entrega para o profissional da área de saúde os mais importantes recursos para ajudá-lo em sua rotina diária e aprimoramento constante.